Sobre

Durante os dias 22 a 30 de abril de 2014, o terceiro ano do curso de Ecologia da Unesp de Rio Claro, fez a viagem de campo mais esperada de toda graduação ao Pantanal Sul Matogrossense pela disciplina de Ecologia de Populações ministrada pelo Professor Dr Harold Gordon Fowler. Partimos rumo a MS às 5 horas da manhã do dia 22 de abril e depois de longas 17 horas de viagem chegamos à Pousada Pioneiro, onde ficaríamos hospedados pelos próximos dias.

Nesses nove dias de viagem foi possível colocar em prática todo conhecimento adquirido em aulas e também todas as técnicas de campo: transecto motorizado, transecto a pé e ponto fixo. A metodologia de cada técnica consiste no seguinte:

Transecto motorizado: No ônibus, em uma velocidade constante fazíamos o levantamento de toda a fauna que era avistada pela janela, divididos em lado esquerdo e lado direito. Este método permite a observação de uma maior área porém não é muito eficiente na identificação e visualização de todas as espécies que estão presentes, visto que diante da velocidade do ônibus não é possível visualizar detalhadamente a espécie além de algumas passarem desapercebidas.

Transecto a pé: Divididos em grupos, cada grupo desembarcava em um determinado local e começava seu dia de caminhada registrando toda a fauna e fazendo a descrição da paisagem enquanto caminhava numa velocidade constante. Esta técnica consiste na observação de uma menor área, porém com mais clareza de detalhes o que facilita na identificação da espécie, além de ser possível avistar muito mais espécies do que no transecto motorizado, já que a velocidade é menor.

Ponto fixo: Durante os transectos a pé, parávamos a cada uma hora, por 15 minutos, para realizar o método ponto fixo, onde registrávamos toda a fauna do ponto onde estávamos e descrevíamos a paisagem. Também era no ponto fixo que realizávamos o experimento de formigas, eram colocados tubos com isca para capturar formigas, os tubos eram distribuídos em 5 tubos do lado esquerdo e 5 tubos do lado direito com distância de 10m um do outro.

Nos três métodos anotávamos a hora, o clima e as coordenadas da região onde estávamos.

Ao retornar à pousada, passávamos todos os dados do dia para planilhas.

O campo é de suma importância para ensinar aos graduandos como deve ser feito o trabalho de campo, todas as dificuldades que temos que enfrentar neste tipo de estudo e a importância de se realizar este estudo, além de realmente provar a interdisciplinaridade do curso Ecologia. Ensina também que temos que ser persistentes, pacientes e ter “jogo de cintura” para lidar com todas as dificuldades que a natureza impõe e desistir JAMAIS!

Para o trabalho ser desenvolvido de maneira mais eficiente e ter maior abrangência no campo, a turma eco12 foi dividida em grupos. O blog AMAZONETTA PANTANANDO relata as venturas e desventuras do grupo Amazonetta brasiliensis – asa de seda, composto por Natã (Maori), Caio (Coxinha), Karen (Stitch), Marília (Kit), Vivian (Today) e Deise (Xitão). Nem as melhores fotos conseguirão mostrar toda a beleza e complexidade que conseguimos ver naquele cenário ímpar que é o Pantanal!!

Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas
mais que a dos mísseis.
Tenho em mim
esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância
de ser feliz por isso.
Meu quintal
É maior do que o mundo.  [Manoel de Barros]

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